quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Inspiração

Me senti nua ao ler-te,
Cada linha, cada palavra
Decifrava o meu mais íntimo
Desejo da vida, do amor.

As intermitências seguiam
Em uma Higway, tudo me
Tocava profundamente.
O desejo pela obscuridade dos dias
Tudo em mim reluziu, tomou forma.

Quem poderá ser o mesmo
Depois dessa faca encravada
No fundo da alma? Não serei!

A poesia se transformou o próprio coração
É um pulsar para além do fechar dos olhos,
Será também a lembrança.

Não poderei ser igual
Não poderei ser diferente
Não poderei seguir seus passos
Não poderei deixar de caminhar.
Não poderei ser de tanta luz
Não poderei ser de toda escuridão.

Serei assim como o intermédio
A oscilação entre primavera e inverno
Não com toda beleza, mas com grande ânsia dela.


Bê Alves

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